Tota deixou o Hospital de Goianinha numa UTI do SAMU. Embora em estado grave, conversava com os paramédicos.
Ainda não completaram 15 dias da tentativa de assassinato do Policial Reformado da PM, João Maria Marques, crime ocorrido na noite do último dia 4 no bairro da COHAB e que chocou toda a população pela forma como foi executada, (ver matéria da época), outros dois fatos ocorridos na noite deste sábado (17) deixaram a população de Goianinha apreensiva e com a sensação de insegurança.
O primeiro ocorreu por volta das 22h30. Antonio Nascimento Martins dos Santos, 42, conhecido como Tota e residente no bairro do Novo Paraíso, conversava com Severino Borges da Silva, 57, conhecido por Baiano e residente na comunidade de Lagoa do Poço, município de Goianinha, quando foi alvejado com cinco tiros, todos na região do peito. O crime aconteceu na calçada do “Bar de Bibi”, localizado na Rua Sebastião Camilo, 250 (margem direita da RN 03 que liga Goianinha a Santo Antônio). De a cordo com testemunhas, um elemento chegou à pé, se aproximou e atirou à queima-roupa contra o peito de Tota, fugindo em seguida, também a pé, em direção a um canavial existente às margens da RN 03. Ainda de acordo com as pessoas que presenciaram o fato, nada foi dito, não houve diálogo nem discussão. Relatam ainda, que ao receber os primeiros tiros, Tota teria se levantado de onde estava e passado à frente de Baiano, que também foi atingido por uma bala na região do braço. Socorridos pela Unidade 17 do SAMU, que tem base em Goianinha, as vítimas receberam os primeiros atendimentos no Hospital Municipal. Baiano teve o braço enfaixado e foi conduzido na mesma unidade para o Walfredo Gurgel, na Capital, para retirada do projétil e segundo informações, já está em casa. Já Antonio Nascimento, o Tota, recebeu os primeiros socorros da médica plantonista e ficou no aguardo da UTI do SAMU, acionada diante da gravidade do caso e que chegou ao HMG por volta das 23h30. Vinte minutos depois, a UTI seguiu com a vítima para o Walfredo Gurgel, onde permanece internado. Tota deixou o hospital de Goianinha consciente e na saída conversava com os paramédicos. Há rumores de que Tota teria reconhecido o atirador e pronunciado o seu apelido para que todos ouvissem.
A Polícia Militar, sob o comando do Capitão Sandrini, chegou ao local do ocorrido minutos depois e empreendeu buscas na região indicada por moradores e pessoas que estavam no local, na tentativa de capturar o autor dos disparos, mas não obteve êxito. Quanto as informações de que a vítima teria pronunciado o nome do criminoso, Sandrini não confirma nem desmente, disse apenas que a polícia está investigando.
Everaldo não teve a mesma sorte e morreu antes de dar entrada no Hospital de Goianinha
Um outro caso, não menos violento, e desta vez com vítima fatal, ocorreu já madrugada deste domingo (18), na comunidade de Umari. Everaldo Ferreira da Silva, 46, vendedor ambulante no segmento de lanches em realização de eventos, foi alvejado com quatro tiros: 01 no peito, 01 acima do joelho direito, outro no ombro direito e um outro no lado esquerdo à altura da cintura. Everaldo não teve a mesma sorte que Tota, não resistiu aos ferimentos e faleceu antes de dar entrada no Hospital de Goianinha.
Everaldo saiu na tarde do sábado (17), juntamente com sua esposa Valdice, para montar sua barraca de lanches na comunidade de Umari, município de Goianinha, por ocasião da Festa de São José, padroeiro da localidade, como era costume fazer em todos os eventos que acontecem no município e na região. Quando o crime aconteceu, já não havia mais banda no palco e a polícia militar já havia deixado o local do evento.
Em conversa com uma das filhas do comerciante, ela revelou ao Goianinhaonline.com que seu pai já estava “arrumando as coisas” juntamente com a sua mãe, para voltarem pra casa, quando ouviu-se o primeiro tiro e ele caiu. Sem entender o que estava acontecendo, teria olhado para a esposa e dito: “o que foi isso, filha?”. Em seguida outros três tiros foram disparados contra ele, tirando-lhe a vida. Também de acordo com a filha da vítima, o assassino teria fugido a pé e se misturado a passageiros de uma Van que faz a linha Pipa/Goianinha e que saia da comunidade naquele horário. A polícia está investigando a informação.
Assim como no primeiro caso, nada foi pronunciado antes do crime, não houve discussão e nada foi roubado. Para o Capitão Sandrini, tudo leva a crer que ambos foram motivados pelo sentimento de vingança.
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